quarta-feira, 24 de novembro de 2010

CRÍTICA ESTÉTICA BASEADA NA TEORIA ARISTOTÉLICA DA BELEZA


Aristóteles (384 a.C. – 322 a.C.) foi um filósofo grego do século IV a.C, período clássico da Grécia Antiga, que estudou e publicou obras de assuntos diversos, como física, metafísica, poesia, teatro, música, a lógica, ética, estética...
Em suas obras, Aristóles manisfesta um grande rigor científico que era o que embasava suas teorias. Acreditava nas coisas que podiam ser experimentadas e sentidas, em explicações palpáveis. Para ele a realidade, a verdade, dependia da experiência sensorial.
Em sua teoria sobre a Beleza, aristóteles defende que a beleza consiste em três elementos: proporção, grandeza e harmonia mas em escalas comparativas. Ou seja, para um objeto ser belo deve haver entre suas partes e em relação ao todo, uma certa harmonia, ou ordenação e deve também transmitir imponência. Seus pensamentos sobre beleza resultavam da influência dos padrões estéticos da época, em que as formas regulares, o equilíbrio, ordem, grandeza monumental, harmonia e proporção faziam parte da arte, da indumentária, da arquitetura.
O estilista mineiro Victor Dzenk em sua coleção outono-inverno 2010, utilizou como inspiração algumas referências gregas nas estampas, na cartela de cor e na modelagem (forma e caimento) de suas peças. Analisando uma das peças do desfile de Victor Dzenk (o vestido que está na foto) sob o olhar da teoria aristotélica da Beleza, o vestido, mesmo com uma estampa abstrata e sem padrão, carrega harmonia entre forma, cor e caimento, além de proporção em relação ao corpo da modelo e suas partes, como comprimento, volume e decote. Sua estampa digital, o corte diagonal na parte superior do vestido e o drapeado, transmitem a imponência que esta peça carrega na coleção. Através da experiência sensorial pode-se fazer a análise do vestido (objeto) seguindo a teoria aristotélica da beleza.

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